É FILHO DE BOA GENTE!A l'attention de mes lecteurs :

GUERRA COLONIAL EM ANGOLA. DO ZAIRE AU CUNENE, PASSANDO PELOS DEMBOS.
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OBRIGADO PELA SUA VISITA.

QUEM NAO SE SENTE, NAO É FILHO DE BOA GENTE!


Se servistes a Patria que vos foi ingrata, vos fizestes o que devieis, e ela o que costuma.
Padre Antonio Vieira.

A nação é de todos. a nação tem de ser igual para todos. Se nao é igual para todos, é que os dirigentes que se chamam Estado, se tornaram quadrilha.
Aquilino Ribeiro. In quando os lobos uivam.

"patria", confiscaste-me os meus melhores três anos. Diz-me agora o que posso confiscar-te.

samedi 13 octobre 2012

NAMBUANGONGO MEU AMOR.



Por Manuel Alegre.

Em Nambuangongo tu não viste nada
Não viste nada nesse dia longo longo
A cabeça cortada
E a flor bombardeada
Não tu não viste nada em Nambuangongo.

Falavas de Hiroxima tu que nunca viste
Em cada homem um porto que não morre
Sim, nos sabemos que Hiroxima é triste
Mas ouve, em Nambuangongo existe
Em cada homem um rio que não corre.

Em Nambuangongo o tempo cabe num minuto
Em Nambuangongo, a gente lembra a gente esquece
Em Nambuangongo olhei a morte e fiquei nu.
Tu não sabes, mas eu digo-te: dói muito.
Em Nambuangongo há gente que apodrece.

Cemitério de Nambuangongo.
Em Nambuangongo a gente pensa que não volta
Cada carta é um Adeus em cada carta se morre
Cada carta é um silêncio, uma revolta.
Em Lisboa na mesma, isto é a vida corre.
E em Nambuangongo a gente pensa que não volta.

É justo que me  fales de Hiroxima.
Porém tu  nada sabes deste tempo longo longo
Tempo exactamente em cima
Do nosso tempo. Ai tempo onde  a palavra vida rima
Com a palavra morte em Nambuangongo.

PS. Que o autor me deixe desabafar antes que morra. Quanto àqueles que me “novedoislilixaram”, se lá tivessem passado uns meses, agiriam de outra forma.



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