É FILHO DE BOA GENTE!A l'attention de mes lecteurs :

GUERRA COLONIAL EM ANGOLA. DO ZAIRE AU CUNENE, PASSANDO PELOS DEMBOS.
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OBRIGADO PELA SUA VISITA.

QUEM NAO SE SENTE, NAO É FILHO DE BOA GENTE!


Se servistes a Patria que vos foi ingrata, vos fizestes o que devieis, e ela o que costuma.
Padre Antonio Vieira.

A nação é de todos. a nação tem de ser igual para todos. Se nao é igual para todos, é que os dirigentes que se chamam Estado, se tornaram quadrilha.
Aquilino Ribeiro. In quando os lobos uivam.

"patria", confiscaste-me os meus melhores três anos. Diz-me agora o que posso confiscar-te.

vendredi 24 mai 2013

(PARA OS CRITICOS) R. MUITO PARA ELES.





Fins de 1974, no extremo sul de Angola, a nossa comissão arrastava-se penosamente quando fui testemunha de uma cena, algo insólita.
Estava eu em companhia de um colega que devendo ser transferido, solicitou a secretaria, a fim de que lhe fornecessem algumas esferográficas ao que a dita acedeu, evidentemente e quando o “estafeta” lhe trouxe o referido material, exclama o meu prezado camarada:
Podem muito bem dar-me isso tudo,( r.) muito para eles.
Fiquei atónito, mas mantive o silencio, visto o fascismo militar, ser pior que o outro. Se mantive o silencio, não esqueci e como fui a única testemunha da cena, seria pena levar o segredo comigo para a sepultura.
Para que não haja ambiguidades convém esclarecer que por “eles” se entendia o pessoal da secretaria, mas o pronome pessoal devia ser posto no singular e certamente em maiúsculas: “ELE”, porque se fomos lesados, só ELE  podia beneficiar do que quer que fosse, todavia falemos no condicional por prudência. 
Fazendo uma retrospectiva, vejamos:  Em Ambrizete, ou seja onde iniciamos  a comissão, havia uma riqueza incomensurável na imensidão Oceânica, mas não possuíamos frota pesqueira através da qual pudessem ser desviados uns tantos carapaus ou sardinhas. Nas cercanias  de Nambuangongo  havia  muito café, mas não éramos proprietários  de nenhuma fazenda ou roça que proporcionasse o desvio de uns grãozinhos.  Em pereira d’Eça nem mandioca havia, consequentemente não consigo desvendar como alguém poderia lesar-nos.
Mas ... Se o nosso Estimado camarada declarou ter (r) para alguém sem que ninguém o interrogasse ou torturasse,  algo de misterioso subsiste.
Pode parecer mesquinho, recordar estes factos quatro décadas depois, mas é sobretudo confrangedor constatar que como se a guerra não bastasse, haver alguém capaz de manipular um colega nosso, a fim de que este nos lesasse. Com (r) ou sem eles algo aconteceu. Convém que se saiba que a guerra não era só entre brancos e negros, havia outra guerra que emanava do ar condicionado e nos condenava a certa miséria.
Se os críticos o desejarem, posso publicar aquela estoria que começa assim: Você agora, não é vagomestre, você agora é sapador.

A.L.

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