Sentado no promontório de Sagres, Portugal,
(leia-se o Estado Português), escrutava o oceano, na esperança que as caravelas
regressassem carregadas de ouro, mas quem apareceu foi Ângela Merkel a avisar: poupem, que já são
grandinhos.
Outrora tivemos o
Império; vieram depois as remessas dos emigrantes e os fundos Europeus, e deste modo, em parte à “pala” dos
outros, íamos vivendo e sonhando,
ate que um dia, acordamos e o despertar foi brutal: somos uns tesos. Países há que foram devastados por duas grandes guerras e
desenvolveram-se. E enviaram-nos
um arremedo de prosperidade. No
meio dos anos 60 acolheram centenas de milhar de Portugueses e nos anos 80,
abriram os braços a Portugal, suposto já não ser Salazarista, no seio da União Europeia.
Fomos no passado,
um dos países mais ricos da Europa, e hoje somos um dos mais miseráveis. Que fizeram os nossos “governantes”
através dos séculos? O ditador de S. Comba por exemplo, queria uma população pobre, ignorante e
doente, para não se revoltar; os comunistas tentaram impingir-nos uma espécie de revolução Bolchevique, quanto aos Sociais
Democratas, isto e, P.S. e P.S.D., não quiseram, não souberam, ou não puderam
inverter a tendência?
Ate prova do
contrario, um pais desenvolve-se com pessoas qualificadas, e não enviando crianças de 10 anos guardar
gado. Havia no passado, crianças
inteligentes a guardar ovelhas, e testemunhas da época, diziam: o minha
senhora, há tanto “burro” no liceu. Talvez os fundos
Europeus devessem ser
utilizados para modernizar uma economia
anémica. Quantos milhares de engenheiros foram formados? Quantas centenas de
empresas criadas? Quantos milhões de euros facturados graças enfim, às nossas
exportações? Quantos milhares de empregos criados localmente a fim de que todos
tenham uma casa, dois carros e porque não duas televisões?
O Portugal supracitado estava de ferias,
estava há muitos anos a ver a
telenovela, foi a Espanha ver o
futebol , perdeu-se no caminho. O
Pais partiu à deriva e encalhou. E agora? A barca esta excessivamente
carregada e devemos emagrecer. Todos ou só os mais obesos? Temos a sorte de ter
em Portugal, dois partidos que se podem considerar Sociais Democratas.
Caminhava sozinho, parei olhei para os lados para ter a certeza que não fazia
figura de “parvo”; interroguei-me: qual deles o mais Social? O Estado Social ou a S. Democracia é
mais questão de meios que de
partido. Não dispomos de recursos para uma S. D. como nos países nórdicos, tenhamos o que é possível; sem
abusos. ( Se não podes ser uma
fogueira na montanha, sê uma candeia em tua casa), disseram-me um dia. Cortem
no supérfluo , não no indispensável. E legitimo perguntar: E verdade que no preço da gasolina há 80 por cento de imposto? E verdade que no
preço de um carro novo há 40 por cento
de imposto? Digam-nos
que tudo isso é mentira que tudo isso é falso, impossível. Apresentem queixa
contra quem divulga tais noticias,
ou então não adoptem atitudes de virgem ultrajada. Mas admita-se
por hipótese que todos estes
impostos existem. Para quê? Para eles terem boas reformas depois de pouco cotizarem? Para eles terem carro
com motorista? E não podem utilizar carros mais pequenos, mais económicos?
Certo homem tinha um burro, mas
como tinha pouco feno para lhe dar, reduziu a ração dia apos dia , ate que o animal deixou de comer. Esfregou
as mãos de contente o homenzinho, porque o burro já não lhe custava
nada. Finalmente como era obvio o burrinho morreu. Continuem como nas ultimas décadas, mas ainda não somos tão “burros” como isso.
António S. Leitão.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire