Depois de instalada em Nambuangongo, sentiu certa C.C.S. um dia , a necessidade de construir uma cantina, e seguindo o proverbio que diz: em Roma, faz como os Romanos, foi decidido que em Africa se faria como os Africanos.
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Eram + ou - assim os nossos bambus. |
Foi todavia esta opção rejeitada, quiça os blocos exercessem demasiado peso sobre o flanco da colina onde a obra de arte seria instalada e era uma tragedia. Como as cabanas que serviam de caserna eram de madeira, a cantina nao podia nem devia destoar muito. Na impossibilidade de termos cerveja realmente fresca, ( ja narrei que os frigoríficos funcionavam a petróleo), a cantina devia ser arejada. Que à noite a luz passasse pelas frinchas indicando ao IN a nossa posição, pouco importava. Que mil bambus apareçam!
Quando em Novembro de 1972 nos la chegamos, ja as paredes tinham perdido todo seu esplendor e era imperioso reconstrui-las. Bendita a floresta Angolana, ali tao pertinho! Partimos em busca dos bambus, e à excepção das formigas quissondo, ninguém nos incomodou.
De regresso a "casa", devíamos rachar as canas todas e por grupos de dois ou três, metemos mao à obra: Toma o bambu, racha o bambu, toma o bambu racha o bambu, mas à força de tanto bambu rachar, resolvemos fazer uma pausa. Foi o momento escolhido pelo Com. de Comp. para fazer uma ronda pelo nosso "estaleiro". Ola, estais cansados?! dai-me os vossos números; nove reforços de castigo, tà,?! Gloria a ti Capitão; nos meus tempos de sacristão dizia outra coisa, mas com estas andanças e com outras, perdi o meu latim.
Depois de rachados os bambus, a fim de que obra nao custasse nada, talvez devêssemos ter utilizado folhas de palmeira para os fixar nas paredes, mas o "generoso" Com. conseguiu arranjar uns punhados de pregos; oxalá o gesto nao o tenha impedido de conseguir mais um galão. Era por essa razão que alguns nos faziam a vida negra.
Antonio S. Leitão.
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