É FILHO DE BOA GENTE!A l'attention de mes lecteurs :

GUERRA COLONIAL EM ANGOLA. DO ZAIRE AU CUNENE, PASSANDO PELOS DEMBOS.
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QUEM NAO SE SENTE, NAO É FILHO DE BOA GENTE!


Se servistes a Patria que vos foi ingrata, vos fizestes o que devieis, e ela o que costuma.
Padre Antonio Vieira.

A nação é de todos. a nação tem de ser igual para todos. Se nao é igual para todos, é que os dirigentes que se chamam Estado, se tornaram quadrilha.
Aquilino Ribeiro. In quando os lobos uivam.

"patria", confiscaste-me os meus melhores três anos. Diz-me agora o que posso confiscar-te.

jeudi 22 décembre 2011

OPERAÇÃO PALMEIRA.

Debruçada sobre o Atlantico, entre Luanda e S. Antonio do Zaire, a pitoresca vila de Ambrizete podia no contexto da época, considerar-sa um pequeno "paraiso"nao fosse o facto de termos um graduado em cada esquina, e as "beatas" que nas horas vagas deviamos apanhar do chao, e para coroar o todo, a nossa fossa atingiu o ponto de saturaçao. Foi posta à prova a imaginaçao do nosso Com. de Bat. que decretou: Venham as pas e as picaretas, e os nossos homens construirao uma fossa nova.
Com efeito nao tardou que a nossa "obra de arte", pudesse ser exposta à admiração de todos. Ela ai estava; comprida, comprida, estupenda, deslumbrante a nossa fossa nova. Cagai todos e se necessário, "faremos" outra. E houve ainda outra finalmente. Subsistia todavia um problema: escasseavam os materiais de construção, a fim de tapar aquele buraco enorme.
Cimento? Querias cimento, pobrezinho?! Convém recordar que das fabulosas riquezas Angolanas pelas quais estávamos prontos a dar a vida, nao víamos um atomo, à exepçao do petróleo que alimentava os nossos frigoríficos, porque para nos ainda nao tinham sido descobertos os eléctricos. Nos éramos uma espécie de periferia, so nos faltava a mandioca, para sermos um Musseque. Veio entao em nosso socorro a " generosidade" no nosso Com. que desta feita pôs à nossa disposição a rica flora Angolana: Que vao para  a mata cortar palmeiras; dai-lhes ração de combate para três dias e que nao apareçam enquanto nao tiverem cortado cinquenta. Poder-se-ia dizer: palavras da ilha da Salvação, ou seja o degredo onde esteve  "Papillon".
"Armados" de serrotes e machados, "rumamos" para Norte em busca das almejadas arvores. Encontramo-las antes de Quinzau, e a "operaçao" prevista para tres dias foi executada num dia so; regressamos a "casa" convictos de que haveria um gesto da hierarquia.
Depois de colocadas as palmeiras sobre a fossa, era indispensável cobri-las com uma espessa camada de terra. Metemos mao à obra e contrariamente ao comboio que dizia: pouca terra, pouca terra, nos espalhamos muita terra, muita terra, mas nao a pusemos toda naquele dia, ate porque Roma e Pavia, nao se fizeram num so dia. 
Nao entendeu assim o nosso grande Com. que encarregou o Oficial dia de fazer o respectivo relatório, e o Com. de Comp. de pronunciar a "sentença": três reforços de castigo para cada um dos participantes na " operaçao" terra, ta bem?! Eram assim os "gestos" dos nossos Comandantes.

Antonio S. Leitão.

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