Algures entre Nambuangongo e Beira-baixa, dei um dia comigo a contemplar um espectáculo que por mais pueril que parecesse, era finalmente magnifico.
![]() |
Se o paraiso é possivel... (foto net) |
E certo que estávamos em Angola, mas para que o capim culminasse a cerca de dois metros, devia a zona ser bastante humida, precipitação suficiente, terreno acidentado, logo floresta densa propicia a emboscadas. Era num cenário desses que os homens se matavam como feras, e deste modo, la se ficavam os "meus" ricos passarinhos sem um olhar, sem ninguém para dizer: que coisa maravilhosa.
![]() |
... é em Angola. |
Parecia recuar dez anos: recordava o tempo em que através da janela do meu sotao, observava os pintassilgos adultos introduzirem minúsculas sementes verdes nos biquinhos dos filhos que tinha previamente raptado, e metido numa gaiola. Soube mais tarde que eram sementes de urtigas.
Descansem pintassilgos de Portugal e dos Algarves: Um dia plantarei urtigas no meu quintal, a fim d que "todos" se possam servir.
Angola, "sobrevoei-a" entre Zaire e Cunene, mas que as guerras acabem, que nao mais vejamos o rico solo Angolano regado com sangue humano, e um dia poderemos dizer:
Se o paraíso existe, é em Angola!
Mais um magnifico texto, parabens amigo A. Leitão pelo teu poder narratvo.
RépondreSupprimerTambem fiz várias vezes esse caminho entre Beira Baixa e Nambuangongo. Aliáz foi para a Beira Baixa que eu fui evaquado desde a mata do Canacassala. tudo isto durante a ùltima operação realizada na Força de Intervenção.
Um abç
Manuel Aldeias
Carissimo M. Aldeias,
SupprimerObrigadissimo pelo teu comentario; nao possuo o teu talento, mas cada um faz o que pode. Disseram-me um dia: SE NAO PODES SER UMA FOGUEIRA NA MONTANHA, SÊ UMA CANDEIA EM TUA CASA. Obrigado. Abraço.