Em Nambuangongo nao havia biblioteca! Em Nambuangongo nem p... havia! No interior de uma velha cabana, havia todavia um monte de velhos livros empoados amarelecidos digestíveis apenas numa espécie de salada russa, isto é: ler um capitulo dum, depois de um outro e, deste modo, por entre romances de pacotilha, e as ficçoes insípidas de Julio Verne, ia " navegando" para longe do inferno verde que nos cercava.
No decurso de uma dessas "fugas" deparei com a odisseia de um grupo de jovens, que na sequência de momentos difíceis, estabeleceu um pacto, nos termos do qual, em caso de novas dificuldades, bastaria um sinal, uma espécie de senha, e todos acorreriam: "QUE SE PASSA ESTA NOITE À BEIRA DO CAIS? "
Era mais ou menos isto. Visto o desprezo a que fomos votados como ex-combatentes da-me vontade de gritar: Que se pasa esta noite à beira do cais, companheiros de Nambu., Madureira e Zala? Beira-Baixa e Quixico? Veteranos da Maria Fernando e do Tari? desterrados do Lue, degredados de Quipedro, que se passa na cabeça dos nossos "governantes"?
Por mais íntegros que sejam os que "governam, (também os ha,) gravitam à sua volta um punhado de chicos espertos, oportunistas prontos a lamber as botas, (como dizia Caetano), a tudo o que for politico em troca de tacho vitalicio para eles e os amigos; os amigos dos compadres e os compadres dos amigos. Se antigamente era a lata, hoje é o tacho, inox, blindado, à prova de bala.
Reserva-nos esta "patria" madrasta que a muitos de nos so deu guerra e miséria, cento e nao sei quantos euros em troca dos nossos melhores anos. Nos que deixamos um pouco das nossas vidas nas matas Africanas, nos que vimos a morte de perto, teremos de dizer a essa gente que meta no "olho" a esmola que nos reserva para quando, ou se chegarmos à idade da reforma?
Antonio S. Leitão.
Por mais íntegros que sejam os que "governam, (também os ha,) gravitam à sua volta um punhado de chicos espertos, oportunistas prontos a lamber as botas, (como dizia Caetano), a tudo o que for politico em troca de tacho vitalicio para eles e os amigos; os amigos dos compadres e os compadres dos amigos. Se antigamente era a lata, hoje é o tacho, inox, blindado, à prova de bala.
Reserva-nos esta "patria" madrasta que a muitos de nos so deu guerra e miséria, cento e nao sei quantos euros em troca dos nossos melhores anos. Nos que deixamos um pouco das nossas vidas nas matas Africanas, nos que vimos a morte de perto, teremos de dizer a essa gente que meta no "olho" a esmola que nos reserva para quando, ou se chegarmos à idade da reforma?
Antonio S. Leitão.
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