As amarras se desprendiam
O barco partia
No cais,
Grossas lágrimas se vertiam
Lenços a abanar
Gentes com dor
Lançam gemidos
Sempre a soluçar
Para que tudo isto,
Pergunto eu?
Ninguém responde...
Partes para lutar.
O convés esta cheio de marujos
Que jogando...
E assim se distraindo
E, sem saber porquê
Se vão partindo
Gaivotas esvoaçam
Os fuzos no porão,
As mãos entrelaçam.
O paquete
As aguas vai rasgando
E, do destino
Os mancebos
Se vão aproximando.
Perto do cais,
Daquelas terras
Que, tão diferentes são
Porque desembarcamos?
Pergunta sem reposta!
E todos pensam
Será que
E para defendermos
Este chão?!
Fernando S. Leitão.