É FILHO DE BOA GENTE!A l'attention de mes lecteurs :

GUERRA COLONIAL EM ANGOLA. DO ZAIRE AU CUNENE, PASSANDO PELOS DEMBOS.
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OBRIGADO PELA SUA VISITA.

QUEM NAO SE SENTE, NAO É FILHO DE BOA GENTE!


Se servistes a Patria que vos foi ingrata, vos fizestes o que devieis, e ela o que costuma.
Padre Antonio Vieira.

A nação é de todos. a nação tem de ser igual para todos. Se nao é igual para todos, é que os dirigentes que se chamam Estado, se tornaram quadrilha.
Aquilino Ribeiro. In quando os lobos uivam.

"patria", confiscaste-me os meus melhores três anos. Diz-me agora o que posso confiscar-te.

jeudi 23 janvier 2014

LUTAR LUTEI, POR QUEM? NAO SEI.


Talvez até saiba, mas é pecado dize-lo. Quem sabe se o inferno seria a condição sine qua non para ajustar contas com aqueles que na guerra me fizeram passar fome para  eles engordarem, miséria, para eles enriquecerem, todavia talvez não seja de bom tom  “pecar” mais e a propósito de pecados passados presentes e futuros, que cada um confesse os seus:

Confiteor
Algures a Norte de Ambrizete.
Confiteor Deo omnipotenti, beatae Mariae semper Virgini, beato Michael Archangelo, beato Joanni Baptistae, sanctis Apostolis Petro et Paulo, omnibus Sanctis, et tibi pater: quia peccavi nimis cogitatione, verbo et opere: (percutiunt sibi pectus ter, dicentes): mea culpa, meã culpa, meã máxima culpa. Ideo precor beatam semper Virginem, beatum Michaelem Archangelum, beatum Joannem Baptistam, sanctos Apóstolos Petrum et Paumum, omnes Sanctos, et te pater, orare pró me ad Dominum Deum nostrum.

  

vendredi 17 janvier 2014

GERAÇÃO GRISALHA.


Há uma amargura tremenda
Neste nosso caminhar
Escorraçados uma vida
Estão-nos a saquear.

Por decreto vigarizados
Já na idade Outonal
Votamos com confiança
Estão-nos a açambarcar.

Tanto que demos de nos
Tanto suor e trabalho
E se não fosse pecado
Mandava-os para o c...

Como podem estes gajos
“Gamarem-nos” tanto sem vergonha
O mal que eles nos fazem
E uma coisa medonha.

Uma coisa são desabafos
A outra é a realidade
Seus pais quando os geraram
Nunca pensaram em tanta maldade.

Dizem-se pessoas de bem
Que bem esta coisa medonha?!
Perguntando eu ao céu
Eles coram de vergonha.

E sem do nem piedade
“Gama” a torto e a direito
Nos porem não temos culpa
Do enorme mal por eles feito.

Fernando S. Leitão.

TUDO ISTO EXISTE, TUDO ISTO É TRISTE, TUDO ISTO É ESTADO.


Sentado no  promontório de Sagres, Portugal, (leia-se o Estado Português), escrutava o oceano, na esperança que as caravelas regressassem carregadas de ouro, mas quem apareceu foi Ângela Merkel  a avisar: poupem, que já são grandinhos.  
Outrora tivemos o Império; vieram depois as remessas dos emigrantes e  os fundos Europeus, e deste modo, em parte à “pala” dos outros,  íamos vivendo e sonhando, ate que um dia, acordamos e o despertar foi brutal: somos  uns tesos. Países há  que foram devastados por  duas grandes guerras e desenvolveram-se. E  enviaram-nos um  arremedo de prosperidade. No meio dos anos 60 acolheram centenas de milhar de Portugueses e nos anos 80, abriram os braços a Portugal, suposto já não ser  Salazarista, no seio da União Europeia.
Fomos no passado, um dos países mais ricos da Europa, e hoje somos um  dos mais miseráveis. Que fizeram os nossos “governantes” através dos séculos? O ditador de S. Comba por exemplo, queria  uma população pobre, ignorante e doente, para não se revoltar; os comunistas tentaram impingir-nos  uma espécie de revolução  Bolchevique, quanto aos Sociais Democratas, isto e, P.S. e P.S.D., não quiseram, não souberam, ou não puderam inverter a tendência?
Ate prova do contrario, um pais desenvolve-se com pessoas  qualificadas, e não enviando crianças de 10 anos guardar gado. Havia  no passado, crianças inteligentes a guardar ovelhas, e testemunhas da época, diziam: o minha senhora, há tanto “burro” no liceu. Talvez os  fundos  Europeus  devessem ser utilizados para modernizar  uma economia anémica. Quantos milhares de engenheiros foram formados? Quantas centenas de empresas criadas? Quantos milhões de euros facturados graças enfim, às nossas exportações? Quantos milhares de empregos criados localmente a fim de que todos tenham uma casa, dois carros e porque não duas televisões?
O  Portugal supracitado estava de ferias, estava há muitos  anos a ver a telenovela, foi a Espanha  ver o futebol , perdeu-se no caminho. O  Pais partiu à deriva e encalhou. E agora? A barca esta excessivamente carregada e devemos emagrecer. Todos ou só os mais obesos? Temos a sorte de ter em Portugal, dois partidos que se podem considerar Sociais Democratas. Caminhava sozinho, parei olhei para os lados para ter a certeza que não fazia figura de “parvo”; interroguei-me: qual deles o mais Social?  O Estado Social ou a S. Democracia é mais  questão de meios que de partido. Não dispomos de recursos para uma S. D.  como nos países nórdicos, tenhamos o que é possível; sem abusos. ( Se não podes  ser uma fogueira na montanha, sê uma candeia em tua casa), disseram-me um dia. Cortem no supérfluo , não no indispensável. E legitimo perguntar: E verdade que  no preço da gasolina há 80 por  cento de imposto? E verdade que no preço de um carro novo há 40 por cento  de imposto?   Digam-nos que tudo isso é mentira que tudo isso é falso, impossível. Apresentem queixa contra quem divulga tais noticias,  ou então não adoptem atitudes de virgem ultrajada. Mas admita-se por  hipótese que todos estes impostos existem. Para quê? Para eles terem boas reformas depois de  pouco cotizarem? Para eles terem carro com motorista? E não podem utilizar carros mais pequenos, mais económicos? Certo  homem tinha um burro, mas como tinha pouco feno para lhe dar, reduziu a ração dia apos   dia , ate que  o animal deixou de comer. Esfregou as  mãos  de contente o homenzinho, porque o burro já não lhe custava nada. Finalmente como era obvio o burrinho  morreu. Continuem como nas ultimas décadas, mas  ainda não somos tão “burros” como isso.

António S. Leitão.


jeudi 16 janvier 2014

ABRIL CONTINUARA CINZENTO.




Num Abril não muito distante, brindou-nos o Pr. da Republica com um discurso informando os Portugueses que somos um Estado pobre. O Dr. Cavaco auscultou o pais e o diagnostico é sem ambiguidades: somos uns coitados.
Pensava eu que com pib  per capita igual a metade do que ostentam os nossos vizinhos, (eu olho para o Norte não para o Leste, ) o mal era crónico, mas oxalá não seja bem assim. Mas... e é muito grave, Doutor?
Certo governo  tinha diagnosticado o estado de tanga, mas agora ficamos completamente nus.  Consta que se os pobres empobrecem, há ricos que enriquecem. Ora se os ricos  progridem, ainda bem, sempre há quem pague meio-quartilho, se a miséria dos pobres aumenta, estamos mal; e não há por ai um ministério mais rico onde se possam “roubar “ uns cobres? É certo que não se combate a fome e a delinquência com aviões de caça ou submarinos, mas também não se pode dar uma “Play Station” a cada um dos nossos Generais. E em que ficamos?
Propunha o Sr. Pr. um pacto entre os partidos. Convide pois todos eles; convide os empresários e os empregados; os filósofos e os agricultores; os inteligentes e os idiotas; convide-os a todos, mas que cada um pague o seu almoço. Diga-lhe que mais tarde ou mais cedo ( mais tarde que cedo, evidentemente, talvez se deva imaginar um modelo de sociedade mais justo onde os ricos enriqueçam e os pobres desempobreçam.
Segundo certas “más-línguas ” sempre as mesmas, Sr. Pr.  há por ai certa Senhora politica que depois de ter trabalhado dez anos se reformou aos quarenta e dois, mas isso é mentira, um homem como você  não admitiria tanta injustiça, ou será que lá pelas Índias copiamos a sociedade de castas, e pela América Latina, a Republica daqueles frutos em forma de virgula?
Vista a situação sob certo prisma, os pobres são todos uns tesos: não têm lá um bom tinto e um bom presunto para V. Exas. Eu cá, falo por mim; um copo de morangueiro e umas sardinhas pescadas quem sabe na semana passada, ( eu moro muito longe do mar, sabe Sr. Pr. ?) Talvez  se pudessem arranjar, o resto não, custa para cima de um dinheirão, e se os cá tivesse eram para mim. Certo menino do campo, passava um dia junto a um formigueiro e admirado, porque as formigas passavam a vida a trabalhar, elas responderam: MEU MENINO SO MANDUCA NESTA VIDA QUEM TRABUCA.
Há dias o Senhor andava muito triste, e tem chorado muito? Eu também ando muito triste, se não choro, não é por falta de vontade.
Cante agora comigo Sr. Pr.

Esta noite, eu chorei tanto
Sozinho, sem ter um bem
Por mais uma pensão toda a gente chora
Por mais uma coisa que nem toda a gente tem
Eu por cá vivia tranquilo, mas preferia não dar nada a ninguém.

E o Sr. P. Ministro também anda muito triste não obstante o seu carro novo? E os Deputados e Ministros também andam tristes?
Cantemos todos um bocadinho.

Encosta tua cabecinha
No meu ombro e chora
E conta tuas magoas todas
Para mim.
Que quem chora no meu ombro
Eu juro que não vai embora
Que não vai embora
Que não vai embora.

António S. Leitão.


CARTA ABERTA AO MEU FILHO


Ainda tu banhavas no ventre de tua mãe, já o estado através da S. Social, te ou lhe enviava
 subsídios a fim de que ela te pudesse comprar as fraldas, cuidado não fosses tu à nascença ser embrulhado num retalho de velho cobertor emprestado pela vizinha . Outrora podia-se nascer e morrer sem receber um centavo de ningem.
Nasces-te numa maternidade bem equipada com assistência de pessoas competentes. Antigamente nascia-se em casa com a ajuda de uma “parteira” que pouco mais sabia dizer que ‘puxa’ Maria.
Beneficias-te desde logo de toda a assistência medica e medicamentosa. Naquele tempo, havia “hospitais” onde só os ricos eram bem tratados.
Aos 8 anos estavas na escola, aos 12 no colégio, aos 16 no liceu, aos 20 na universidade. Em tempos que já lá vão,  aos 8 anos podia-se ir trabalhar no campo, aos 12 guardar vacas, aos 16 ir quebrar calhaus, aos 20, tropa, guerra, suportar seres que para ganhar galões, nada melhor encontraram que fazer a vida negra a inocentes que não pediram nada a ninguém.
O contraste é grande entre o hoje e o ontem. Também é verdade que dia Portugal viu nascer um ser que chegado ao poder se rodeou de papões que com a cumplicidade passiva ou activa de certos Senhores que se julgavam no tempo do Rei piedoso nos privaram de meninice. Se hoje vivemos em liberdade, não é por mero acaso; muitos morreram a fim de que a democracia triunfasse; se beneficiamos de um Estado Social, são necessários impostos e cotizações diversas  para que a “teta” não se esgote. La estão (mos) os contribuintes e os pagadores de impostos vais encontra-los onde quer que estejas: Logo de manha no parque, na estação do comboio, no metro, na rua ha sempre um alguém que participa no financiamento das prestações sociais e infra-estruturas de que beneficias, por conseguinte, toma nota:

Os teus professores respeitaras. (Só eles te poderão transmitir o saber necessário a fim de que não vivas de rastos e ou amordaçado).
As ideias salazaristas, estalinistas ou inquisitoriais, combateras.
O ambiente respeitaras.
Os Direitos Humanos defenderas.
Tolerante e solidário, quanto possível, serás.
Do teu saber, uso egoísta não farás.
Arrogante, não serás.
Modesto, serás.
Se fores funcionário, os utentes contribuintes respeitaras.
Por valores morais, te pautaras.

E... gostaria que respeitasses ao menos algumas destas regras.

António S. Leitão.