É FILHO DE BOA GENTE!A l'attention de mes lecteurs :

GUERRA COLONIAL EM ANGOLA. DO ZAIRE AU CUNENE, PASSANDO PELOS DEMBOS.
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OBRIGADO PELA SUA VISITA.

QUEM NAO SE SENTE, NAO É FILHO DE BOA GENTE!


Se servistes a Patria que vos foi ingrata, vos fizestes o que devieis, e ela o que costuma.
Padre Antonio Vieira.

A nação é de todos. a nação tem de ser igual para todos. Se nao é igual para todos, é que os dirigentes que se chamam Estado, se tornaram quadrilha.
Aquilino Ribeiro. In quando os lobos uivam.

"patria", confiscaste-me os meus melhores três anos. Diz-me agora o que posso confiscar-te.

mercredi 17 décembre 2014

A NAÇAO É DE TODOS.

A naçao é de todos. A naçao tem de ser igual para todos. Se nao é igual para todos, é que os dirigentes que se chamam estado se tornaram quadrilha. ( Aquilino Ribeiro) in Quando os lobos uivam.

De joelhos, perante Deus, de pé perante os homens. (D. Antonio F. Gomes. Antigo Bispo do Porto.

Entre um governo que faz o mal, e um povo que o consente, ha certa cumplicidade vergonhosa. Victor Hugo.

Um ser abjecto, quer seja chefe, capitão ou coronel, nao deixa de ser o que é.

Nao tenho a obrigação de ser inteligente, mas tenho o dever de tratar as pessoas, inclusive os meus subordinados, como seres humanos e nao como bichos.

vendredi 19 septembre 2014

" URSS" À BEIRA MAR PLANTADA. DIGA-ME DOUTOR.



Prezado senhor,


  • Nao sei quem você é, nem interessa, mas consta que se questionou acerca de como conseguiu o precedente regime português, aguentar a guerra colonial durante tanto tempo, (et pour cause), comece por observar esta cozinha... Isto nao era Esparta, China, ou URSSS, mas Angola, cujas riquezas me custaram os meus melhores três anos. 
  • Compreende agora como foi possível, ou ainda nao? 
Repare nesta cama... Eu nao   dormia aqui todos os dias,  mas todos os dias cà dormia  alguém, porque era a casa da guarda. O senhor cumpriu o serviço militar?Sabe o o que é a casa da guarda? Nao importa, mas talvez agora realize como foi possível aguentar e quem aguentou.
Vejamos agora: O Senhor doutor sabe o que era isto? Claro que nao sabe. Pois bem, estimado doutor, isto era o cemitério de Nambuangongo, e eu com outros colegas, fomos là cortar a erva, porque depois de todas as misérias que nos  eram impostas, os que morriam em combate, ficavam por cà abandonados como se de animais se tratasse, a menos que o morto dispusesse( salvo erro de dez contos a fim que o seu cadaver fosse transladado para a Metropole.  Alguem  dizia: Em Nambuangongo hà gente que apodrece. Nao sei se se referia so aos mortos, ou tambem aos vivos.


  Sabia o senhor que no mês de Maio de 1971, ou seja quando incorporei nas nossas FA. , recebi como salário do primeiro mês  de serviço a soma de cinco escudos? Convenhamos que a culpa não foi só  do governo; segundo fontes bem informadas, se tivesse incorporado três meses depois teria recebido mais cinco tostões. Não sei qual a sua nacionalidade, mais saiba que cinco escudos dava ( se a memoria não me atraiçoa) para comprar aproximadamente uma cerveja e metade de outra; mais cinco tostões dava quase para duas, mas não chegava bem; na sua terra também era assim? Imagine o esforço necessário; o senhor não sabia, mas eu digo-lhe: segundo certas fontes, Portugal possuía reservas de ouro de entre as maiores do mundo; exercia a soberania sobre um dos Países mais ricos de África que produzia entre outras coisas: diamantes, petróleo, açúcar, café, bananas, ananases, etc. etc., por conseguinte: 1 tostão de ouro, 1 tostão de diamantes, 1 tostão de açúcar, 1 tostão de café, 1 tostão bananas, = 5 tostões, e ai estão os tostões necessários ao fabuloso aumento.
Nao sei se o Senhor sabe, Portugal esta de novo em guerra, desta vez contra a crise, e na sua optica la estão os valorosos governantes como bons chefes de família, a "apertar o cinto" a fim de que os filhos nao se privem, hein, doutor?! A realidade é outra: Os governantes vao bem, graças aos nossos impostos; quanto a nos os que abdicamos da nossa juventude, que arriscamos a vida, dao-nos uma mao-cheia de nada, e para cumulo ainda hà quem diga que sempre faz 30 contitos.
De regresso do gulague, um Soviético declarou um dia que um homem para sobreviver, bastava ter um pedaço ade pão, uma cebola, e um pedaço de sabão. ignoro se os nossos politicos estavam à escuta, mas terao eles julgado que 30 contitos sempre dao para uma arroba de cebolas, um tabuleiro de pão e algumas barras de sabão?
Nao estamos na União Soviética, hein?! 
Parece estarmos é na Africa: Là no topo a etnia superior, cà em baixo, nos os Bailundos: Para eles o caviar, para nos a mandioca.
Como dizia certo escritor: sob um vernis ce civilizaçao, esta a sobranceria, o desprezo, o abandono.
A. S. Leitao.

ARISTIDES DE SOUSA MENDES, O NOSSO HEROI DO HOLOCAUSTO.


Amanhã, 27 de Janeiro, dia de homenagem às vítimas do Holocausto, devíamos recordar o nosso herói do Holocausto: Aristides de Sousa Mendes, um homem que continua a não ter o reconhecimento que merece.  Aristides devia ser um dos heróis da nossa mitologia colectiva, mas não é. Experimentem fazer perguntas sobre Aristides aos miúdos do liceu. A maioria não reconhecerá o nome e, estou certo, uma minoria de arruaceiros confundirá Aristides com um jogador do Borussia de Dortmund ou coisa assim. Neste sentido, vale a pena consultar esta hagiografia (não é uma biografia) de Miriam Assor. Com provas irrefutáveis, o livro revela a grandeza de Aristides de Sousa Mendes.
Logo em 1939, Salazar emitiu a Circular 14, o documento que impedia os embaixadores portugueses de dar vistos aos judeus ("quer tenham sido expulsos do seu país de origem quer do país de onde são cidadãos"). Colocando em causa a sua carreira e a sua família, Aristides, o cônsul português em Bordéus, desafiou Salazar e deu vistos diplomáticos a milhares de judeus. Luxemburgueses, dinamarqueses, noruegueses, belgas e holandeses invadiram Bordéus à procura do Santo Aristides. Desta forma, Aristides tirou 30 mil vidas da linha de montagem assassina. Enquanto a maioria se refugiou no cumprimento da lei (Circular 14), Aristides assumiu que a lei pode ser imoral, assumiu que legalidade pode não ter legitimidade . A sua heroicidade vem daqui.
Tendo em conta a estatura homérica destes actos, não se compreende o relativo desprezo da cultura portuguesa por Aristides. Não há uma grande biografia. Não há um romance. Não há uma série de TV. Não há um filme. Temos um Schindler e não lhe damos valor. É como se a expressão "herói português" fosse, em si mesma, uma contradição em termos. É como se a expressão "herói português" fosse um incómodo para a nossa visão cínica de Portugal.
 Por Henrique raposo. Expresso.(Com a devida vénia).

mercredi 5 mars 2014

LEMBRAM-SE?




Daquele quartel de Viseu onde por vezes o molho das batatas tinha tanta agua como azeite? E certo que estávamos na semana de campo, ou melhor  dizendo, de mata, e quem sabe se como o caminho da serra era mau, o azeite se entornou, quem sabe se foi parar ao rio Pavia poluiu a agua, matou os peixes, quem sabe?! Daquele quartel muito querido, um modelo de asseio, beleza, da Capital do Norte, onde o “rancho” ate era razoável nos primeiros dias e depois estragou-se tudo, “et pour cause”, chegou a nossa Companhia para tirar a especialidade, pouco depois chegou deu entrada mais uma Comp. Para tirar outra especialidade, e a partir dai, nunca mais foi como antes. Não sei que transformação sofreram os ingredientes que se destinavam à nossa alimentação, mas já não eram bem os mesmos. Seria por essa razão que ao fim do dia entrava no quartel um padeiro que nos propunha uns pedaços de pão de milho que comprávamos evidentemente, porque tínhamos FOME?! Eu comia-o porque tinha fome, os meus estimados camaradas, não sei se o preferiam ao tradicional casqueiro, que diga-se em abono da verdade, era para mim uma delicia. Não havia naquele quartel uns pedaços de pão que nos pudessem dar ou vender, nem que o atirassem de longe como se fazia aos cães?  Quem se lembra daquele prisioneiro do Viêt-minh que preso no interior de uma cabana, se via obrigado a ladrar, a fim de obter uns graozitos de arroz? Quem sabe o que faria para obter um casqueiro?!
Talvez a culpa ate fosse nossa: aparecíamos as centenas de uma só vez, e talvez os cozinheiros não soubessem como fazer comida para tanta gente com as mesmas panelas; se fossemos às dúzias poderia ser diferente, quem sabe?! Consta que no quartel de Viseu éramos mais de mil, talvez por essa razão o “rancho” era uma porcaria.
A partir dessa data, decidi evitar os grandes restaurantes, nunca se sabe se os ingredientes metidos numa panela muito grande perdem a qualidade como na tropa?!

António S. Leitão.

jeudi 23 janvier 2014

LUTAR LUTEI, POR QUEM? NAO SEI.


Talvez até saiba, mas é pecado dize-lo. Quem sabe se o inferno seria a condição sine qua non para ajustar contas com aqueles que na guerra me fizeram passar fome para  eles engordarem, miséria, para eles enriquecerem, todavia talvez não seja de bom tom  “pecar” mais e a propósito de pecados passados presentes e futuros, que cada um confesse os seus:

Confiteor
Algures a Norte de Ambrizete.
Confiteor Deo omnipotenti, beatae Mariae semper Virgini, beato Michael Archangelo, beato Joanni Baptistae, sanctis Apostolis Petro et Paulo, omnibus Sanctis, et tibi pater: quia peccavi nimis cogitatione, verbo et opere: (percutiunt sibi pectus ter, dicentes): mea culpa, meã culpa, meã máxima culpa. Ideo precor beatam semper Virginem, beatum Michaelem Archangelum, beatum Joannem Baptistam, sanctos Apóstolos Petrum et Paumum, omnes Sanctos, et te pater, orare pró me ad Dominum Deum nostrum.

  

vendredi 17 janvier 2014

GERAÇÃO GRISALHA.


Há uma amargura tremenda
Neste nosso caminhar
Escorraçados uma vida
Estão-nos a saquear.

Por decreto vigarizados
Já na idade Outonal
Votamos com confiança
Estão-nos a açambarcar.

Tanto que demos de nos
Tanto suor e trabalho
E se não fosse pecado
Mandava-os para o c...

Como podem estes gajos
“Gamarem-nos” tanto sem vergonha
O mal que eles nos fazem
E uma coisa medonha.

Uma coisa são desabafos
A outra é a realidade
Seus pais quando os geraram
Nunca pensaram em tanta maldade.

Dizem-se pessoas de bem
Que bem esta coisa medonha?!
Perguntando eu ao céu
Eles coram de vergonha.

E sem do nem piedade
“Gama” a torto e a direito
Nos porem não temos culpa
Do enorme mal por eles feito.

Fernando S. Leitão.

TUDO ISTO EXISTE, TUDO ISTO É TRISTE, TUDO ISTO É ESTADO.


Sentado no  promontório de Sagres, Portugal, (leia-se o Estado Português), escrutava o oceano, na esperança que as caravelas regressassem carregadas de ouro, mas quem apareceu foi Ângela Merkel  a avisar: poupem, que já são grandinhos.  
Outrora tivemos o Império; vieram depois as remessas dos emigrantes e  os fundos Europeus, e deste modo, em parte à “pala” dos outros,  íamos vivendo e sonhando, ate que um dia, acordamos e o despertar foi brutal: somos  uns tesos. Países há  que foram devastados por  duas grandes guerras e desenvolveram-se. E  enviaram-nos um  arremedo de prosperidade. No meio dos anos 60 acolheram centenas de milhar de Portugueses e nos anos 80, abriram os braços a Portugal, suposto já não ser  Salazarista, no seio da União Europeia.
Fomos no passado, um dos países mais ricos da Europa, e hoje somos um  dos mais miseráveis. Que fizeram os nossos “governantes” através dos séculos? O ditador de S. Comba por exemplo, queria  uma população pobre, ignorante e doente, para não se revoltar; os comunistas tentaram impingir-nos  uma espécie de revolução  Bolchevique, quanto aos Sociais Democratas, isto e, P.S. e P.S.D., não quiseram, não souberam, ou não puderam inverter a tendência?
Ate prova do contrario, um pais desenvolve-se com pessoas  qualificadas, e não enviando crianças de 10 anos guardar gado. Havia  no passado, crianças inteligentes a guardar ovelhas, e testemunhas da época, diziam: o minha senhora, há tanto “burro” no liceu. Talvez os  fundos  Europeus  devessem ser utilizados para modernizar  uma economia anémica. Quantos milhares de engenheiros foram formados? Quantas centenas de empresas criadas? Quantos milhões de euros facturados graças enfim, às nossas exportações? Quantos milhares de empregos criados localmente a fim de que todos tenham uma casa, dois carros e porque não duas televisões?
O  Portugal supracitado estava de ferias, estava há muitos  anos a ver a telenovela, foi a Espanha  ver o futebol , perdeu-se no caminho. O  Pais partiu à deriva e encalhou. E agora? A barca esta excessivamente carregada e devemos emagrecer. Todos ou só os mais obesos? Temos a sorte de ter em Portugal, dois partidos que se podem considerar Sociais Democratas. Caminhava sozinho, parei olhei para os lados para ter a certeza que não fazia figura de “parvo”; interroguei-me: qual deles o mais Social?  O Estado Social ou a S. Democracia é mais  questão de meios que de partido. Não dispomos de recursos para uma S. D.  como nos países nórdicos, tenhamos o que é possível; sem abusos. ( Se não podes  ser uma fogueira na montanha, sê uma candeia em tua casa), disseram-me um dia. Cortem no supérfluo , não no indispensável. E legitimo perguntar: E verdade que  no preço da gasolina há 80 por  cento de imposto? E verdade que no preço de um carro novo há 40 por cento  de imposto?   Digam-nos que tudo isso é mentira que tudo isso é falso, impossível. Apresentem queixa contra quem divulga tais noticias,  ou então não adoptem atitudes de virgem ultrajada. Mas admita-se por  hipótese que todos estes impostos existem. Para quê? Para eles terem boas reformas depois de  pouco cotizarem? Para eles terem carro com motorista? E não podem utilizar carros mais pequenos, mais económicos? Certo  homem tinha um burro, mas como tinha pouco feno para lhe dar, reduziu a ração dia apos   dia , ate que  o animal deixou de comer. Esfregou as  mãos  de contente o homenzinho, porque o burro já não lhe custava nada. Finalmente como era obvio o burrinho  morreu. Continuem como nas ultimas décadas, mas  ainda não somos tão “burros” como isso.

António S. Leitão.


jeudi 16 janvier 2014

ABRIL CONTINUARA CINZENTO.




Num Abril não muito distante, brindou-nos o Pr. da Republica com um discurso informando os Portugueses que somos um Estado pobre. O Dr. Cavaco auscultou o pais e o diagnostico é sem ambiguidades: somos uns coitados.
Pensava eu que com pib  per capita igual a metade do que ostentam os nossos vizinhos, (eu olho para o Norte não para o Leste, ) o mal era crónico, mas oxalá não seja bem assim. Mas... e é muito grave, Doutor?
Certo governo  tinha diagnosticado o estado de tanga, mas agora ficamos completamente nus.  Consta que se os pobres empobrecem, há ricos que enriquecem. Ora se os ricos  progridem, ainda bem, sempre há quem pague meio-quartilho, se a miséria dos pobres aumenta, estamos mal; e não há por ai um ministério mais rico onde se possam “roubar “ uns cobres? É certo que não se combate a fome e a delinquência com aviões de caça ou submarinos, mas também não se pode dar uma “Play Station” a cada um dos nossos Generais. E em que ficamos?
Propunha o Sr. Pr. um pacto entre os partidos. Convide pois todos eles; convide os empresários e os empregados; os filósofos e os agricultores; os inteligentes e os idiotas; convide-os a todos, mas que cada um pague o seu almoço. Diga-lhe que mais tarde ou mais cedo ( mais tarde que cedo, evidentemente, talvez se deva imaginar um modelo de sociedade mais justo onde os ricos enriqueçam e os pobres desempobreçam.
Segundo certas “más-línguas ” sempre as mesmas, Sr. Pr.  há por ai certa Senhora politica que depois de ter trabalhado dez anos se reformou aos quarenta e dois, mas isso é mentira, um homem como você  não admitiria tanta injustiça, ou será que lá pelas Índias copiamos a sociedade de castas, e pela América Latina, a Republica daqueles frutos em forma de virgula?
Vista a situação sob certo prisma, os pobres são todos uns tesos: não têm lá um bom tinto e um bom presunto para V. Exas. Eu cá, falo por mim; um copo de morangueiro e umas sardinhas pescadas quem sabe na semana passada, ( eu moro muito longe do mar, sabe Sr. Pr. ?) Talvez  se pudessem arranjar, o resto não, custa para cima de um dinheirão, e se os cá tivesse eram para mim. Certo menino do campo, passava um dia junto a um formigueiro e admirado, porque as formigas passavam a vida a trabalhar, elas responderam: MEU MENINO SO MANDUCA NESTA VIDA QUEM TRABUCA.
Há dias o Senhor andava muito triste, e tem chorado muito? Eu também ando muito triste, se não choro, não é por falta de vontade.
Cante agora comigo Sr. Pr.

Esta noite, eu chorei tanto
Sozinho, sem ter um bem
Por mais uma pensão toda a gente chora
Por mais uma coisa que nem toda a gente tem
Eu por cá vivia tranquilo, mas preferia não dar nada a ninguém.

E o Sr. P. Ministro também anda muito triste não obstante o seu carro novo? E os Deputados e Ministros também andam tristes?
Cantemos todos um bocadinho.

Encosta tua cabecinha
No meu ombro e chora
E conta tuas magoas todas
Para mim.
Que quem chora no meu ombro
Eu juro que não vai embora
Que não vai embora
Que não vai embora.

António S. Leitão.


CARTA ABERTA AO MEU FILHO


Ainda tu banhavas no ventre de tua mãe, já o estado através da S. Social, te ou lhe enviava
 subsídios a fim de que ela te pudesse comprar as fraldas, cuidado não fosses tu à nascença ser embrulhado num retalho de velho cobertor emprestado pela vizinha . Outrora podia-se nascer e morrer sem receber um centavo de ningem.
Nasces-te numa maternidade bem equipada com assistência de pessoas competentes. Antigamente nascia-se em casa com a ajuda de uma “parteira” que pouco mais sabia dizer que ‘puxa’ Maria.
Beneficias-te desde logo de toda a assistência medica e medicamentosa. Naquele tempo, havia “hospitais” onde só os ricos eram bem tratados.
Aos 8 anos estavas na escola, aos 12 no colégio, aos 16 no liceu, aos 20 na universidade. Em tempos que já lá vão,  aos 8 anos podia-se ir trabalhar no campo, aos 12 guardar vacas, aos 16 ir quebrar calhaus, aos 20, tropa, guerra, suportar seres que para ganhar galões, nada melhor encontraram que fazer a vida negra a inocentes que não pediram nada a ninguém.
O contraste é grande entre o hoje e o ontem. Também é verdade que dia Portugal viu nascer um ser que chegado ao poder se rodeou de papões que com a cumplicidade passiva ou activa de certos Senhores que se julgavam no tempo do Rei piedoso nos privaram de meninice. Se hoje vivemos em liberdade, não é por mero acaso; muitos morreram a fim de que a democracia triunfasse; se beneficiamos de um Estado Social, são necessários impostos e cotizações diversas  para que a “teta” não se esgote. La estão (mos) os contribuintes e os pagadores de impostos vais encontra-los onde quer que estejas: Logo de manha no parque, na estação do comboio, no metro, na rua ha sempre um alguém que participa no financiamento das prestações sociais e infra-estruturas de que beneficias, por conseguinte, toma nota:

Os teus professores respeitaras. (Só eles te poderão transmitir o saber necessário a fim de que não vivas de rastos e ou amordaçado).
As ideias salazaristas, estalinistas ou inquisitoriais, combateras.
O ambiente respeitaras.
Os Direitos Humanos defenderas.
Tolerante e solidário, quanto possível, serás.
Do teu saber, uso egoísta não farás.
Arrogante, não serás.
Modesto, serás.
Se fores funcionário, os utentes contribuintes respeitaras.
Por valores morais, te pautaras.

E... gostaria que respeitasses ao menos algumas destas regras.

António S. Leitão.