Em Angola, tive dois inimigos: Um que defendia a sua terra, outro que defendia a sua carteira e para que a carteira deste ficasse cheia, ficou a minha vazia
Perante aquele que defendia a sua terra, eu tinha uma arma para me defender; perante o outro, era um cordeirinho na boca do lobo.
O regime queria que os mesmos homens fossem corajosos, ver heróis no mato para perseguir o preto, e que na caserna se transformassem em grandes cordeiros, em seres sem coluna vertebral, sem miolo dispostos a ingurgitar qualquer porcaria, sabendo de antemão que se por la morressem, la ficariam abandonados como se de animais se tratasse.
Agora tenho um inimigo que quando certos "Baroes" passam à reserva, sob pretexto que passaram uns anos largos a "mamar" à conta do orçamento, lhes da um suplemento de pensão, (Queres duzentas ou trezentas? Ou queres um biberão cheio, meu pequenino? A fim dizem eles de se reintegrarem na sociedade. Quando eu vim da guerra, nao me deram um centavo para me reintegrar. Evidentemente, o governo nao e o mesmo, mas o estado é ou nao é o mesmo? ou sera que as dividas contraídas pelo precedente governo, nao devem ser pagas por este e pelos outros?
Amigo António Leitão,
RépondreSupprimerComo vê consegui chegar ao seu blog...
Gostei de ver.
Talvez tenha achado "deslocado" aquele artigo sobre o ex-alferes Oliveira no nosso blog...
Bem, tenho uma razão forte para o ter escrito. O Oliveira passou muito mal estes dois últimos anos, com muitas operações ao cérebro. Conseguiu resistir, inicialmente com bastantes limitações psicológicas, mas agora quase recuperado. A intenção "do escrito" foi uma pequena contribuição para ele continuar a luta, recuperando se não totalmente, pelo menos para que possa levar uma vida normal, já que a continuação da prática da advocacia, penso estar de parte.
Claro que me pode chamar de irmão ou camarada de luta, já que me parece estarmos do mesmo lado da barricada.
Um Abraço e as maiores felicidades por essas terras de França.
J. Abrantes
Ola, Amigo.
SupprimerTal como os aerogramas que recebíamos durante a guerra, também um comentário produz o efeito de um bálsamo, quando se grita no deserto. Obrigado. Um grande abraço.